Amável Vida
Como a vida é boa e bela e amável
No extremo contentamento luz valiosa
Em cujo eu ao mar e ao léu fundidos
Gozo gracioso espectro alheia rosa.
Na angustia negra como nevoa sem astros
Cujo chumbo contudo instiga a crença
De futuro e porvir lisongeiros rastros
Adoçando no vivente as tolas desavenças.
Amemos a rosa nadida da vivencia
Mais que o devoto ama a moral
Basta abster-se de alegra-se no mal
Que o azul desnudara sua transcendência.
O beijo é valido perante qualquer sermão
Acolhe a musa em pleno escrínio do coração
Helena cujos amantes não chegam aos pés
Dos matizes feminis no lírico viéz.
O catecismo do amor é a vera redenção!
O divino nos talhou de pétalas um coração
Onde cabe o sublime, o entusiasmo, o frescor
De eterna mocidade ardoroso fulgor.
Harpa sublime, o desejo de agradar
Povoa todas as esferas de viventes
Há múltiplas uniões para vários entrar
Cada qual a seu gosto o mel procura
Com anelo sincero lírico de entrega.
Na vida a pior desgraça incurável
É pouco gozo ante da morte o anátema.
Os campos da messe estão plenos de mel
Messe risonha,oferece ao eu o seu Deus.