No descompasso do tempo!
  
No descompasso do passo,
deixei o tempo passar,
o passo que tanto corria,
agora anda devagar,
vive observando tudo
que era impossível enxergar.
 
Era um passo tão apressado
que corria sem perceber,
mesmo estando parado,
já pensava em correr,
era impulsionado
por algo que tinha a fazer.
 
No descompasso do passo,
o passo se atrapalhou,
ficou feito barata tonta,
andando de um lado pro outro
querendo ainda correr.
 
Até que o passo acertou-se
com seu novo viver,
para até para conversar e
vive deitado na rede
lendo poesia,

querendo se inspirar. 
                      
Maria Bernadete Bernardo de Oliveira