Sob os olhos do meu pai...
 
Revelar-me-ia o mundo para ver somente o belo.
O rude, o grotesco subjugado num canto qualquer.
Ele a me proteger. Do mundo.
Eu, sempre menina. Contente.
Ao atender o chamado descortinou-se o mundo.
Avistaram-me olhos bons e olhos cruéis.
E os olhos do meu pai não puderam mais me proteger.
Do mundo.
Pelos olhos do meu pai  eu viveria na idade  pueril.
Mas,  Cresci.
Busco-te  na linha do horizonte,
no infinito.
Pelos olhos do meu pai  sigo,   
sob os olhos... do meu pai!

                    Maria Bernadete Bernardo de Oliveira

                                                                                       Imagem de internet