labuta

nada existe, mas um poema

é fabricado nesse lado do sono

sacos de lodo, membradas desovadas

num tempo remoto, ninguém sabia

desse segredo, que homens taciturno

se deita na pele das trevas e cavouca

ouro no mistério, o fogo é iínfimo

no começo dos trabalhos, mas conforme

os olhos aquece o bruto minério,

raios de carmim se insinua como

fogo no coração das entranhas,

de vez em quando o rio se expressa,

nasce o silêncio num gesto monstruoso,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/08/2016
Código do texto: T5734808
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