Mire ao longe

Pássaro fechado em uma sala

A procura da saída

As paredes prendendo-o

As portas abertas parecendo distantes

Janelas altas com grades

Impedindo-o

Asas batendo nas laterais

Seu caminho momentaneamente enquadrado

Perece que o tempo está parado

Única fresta encontrada

A luz entra por aquela abertura

Um prisma formando-se no chão

Passando pelo vidro daquela janela dentre todas as outras do salão

Cores que não misturam-se

Cada uma tem seu significado, seu nome, seu caminho

Fundem-se em um único ponto, independentemente da variação

Homogênea origem e fim marcando a direção

Sigo-o quando vejo saindo pela fresta

Longo esforço até ali

Imperfeitas tentativas que possibilitaram o aqui

Percebo um machucado em sua asa

Mas ele não o percebe

Somente um voo para longe, alto, leve e constante

O olhar de águia segue o horizonte

Pequena marca para fazê-lo lembrar do superado

Marca que pode molda-lo

Que pode definir sua breve vida daqui em diante

Que pode conceder nova direção

Usada para permitir seus próximos voos

Nova percepção...

Viajante Das Letras
Enviado por Viajante Das Letras em 02/09/2016
Reeditado em 06/02/2017
Código do texto: T5748144
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