Porto das Sombras.

Neste mar de marasmos

de barcos soturnos

e ondas revoltas.

Meu porto é sem vida

é morta a maré.

Sua alma andarilha

de um velho marujo

que nas águas mergulha

a procurar seu barco

de velas já rotas

do tempo e do frio.

Meu barco sem mim

tão triste e vazio

secaram-se as espumas

apagou-se a estrela

do nosso caminho.

Eu quero em meu barco

lembrar as gaivotas

tal cruzes estranhas.

Abrindo seus braços

na paz ignota

dos grandes espaços...

Homenagem a Tobias Carlos.