Guardo-me...

Guardo-me num templo sagrado.

Vivo da manifestação da sua vontade.
Quando queres, transforma-me numa pena e o vento sopra,
sinto o belo e a leveza que viola as rígidas regras do movimento combinado.
Quando chove, como faz agora, o frescor sobe e aquece meu âmago.
Expurgo o medo que me devora e falo as palavras inteiras, mesmo que não as ouçam.
A cortina de prata, que cai,  divide nosso mundo.
Bom mesmo é voar e sentir o impulso da rajada passar.
Maria Bernadete B. de Oliveira