EU MORRI UMAS CEM VEZES

Eu morri umas cem vezes.

Continuo morrendo,

Há morrer...

Meu túmulo guarda uma caixa com lagrimas

Minha rispidez só pendurará quando essas gotas secarem e deixarem-me ir.

Ir...

Pra bem longe da fonte que jorra a cada visualização na sua única existência a mim,

Tela atrás.

Se não doesse tanto eu seria triste,

Anônimo.

Solitário.

Sozinho.

Fraco.

Frágil.

Eu!

Quase tudo de mim foi citado

Mas...

Esses foram meus “ares” do qual me mantem vivo, mesmo que morto

Esvaziado do “eu”

Aliviado.

Ao termino disso aqui, será comprovado que estive vivo

Enquanto estarei perambulando sobre uma morte silenciosa

Abatida

Enrustida

Lagrimejada

Vivida

Sentida ...

E o perdão pela minha existência será tão vácuo

Que dará tempo de pincelar meu mundo escrito com tinta

De um sangue que não escorre

Mas que tatua, um “RESISTA!”

E sigo...

Não na intenção de ir longe

Ficar muito menos

Mas, voar ...

Leve

Frágil

Delicado

Tão eu

Tão ele

Tão nós

Tão amor

Tão pensamentos

Tão sonhos

Tal ilusão.

Aquele amor que foi levado a distancias por ventos não pertencentes

Apenas espião.

Assassino de coração.

Do qual o mais duro de aparência foi atingido

Só restando um órgão rei de papel

Rabiscado pelo meu silencio

O meu silencio em um rabisco...

Pensante

Amante

Alvo

Assassino

Resistente

Original

Incompleto.

É o preço que pago por um punhado a mais de intensidade pessoal.