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Maturidade

 
Qual face  se esconde neste espelho d"agua?
Não conheces meus pensamentos que correm
de um lado para o outro.
Então, como podes saber?
Os feitos desnudos em sua finitude darão o tom,
na hora devida.  E quem será juiz?                           
O que me caberá?
A condenação sem complacência da vivência árdua,
pecaminosa
ou uma avalição leve, que ainda possa ser redimida?
Nem sei.
Ando cambaleante por caminho estreito
 e busco o prumo.
Não ouso tocar à margem de um lado nem do outro.
Quero a cura como a do elefante louco.
Corpo cansado, a procura do que ainda não é.
A maturidade depura meus olhos que se arrefecem
com as imagens que buscam.
 
 
                       Maria Bernadete Bernardo de Oliveira