Novos passos

Sentidos que se perdem no infinito

Da vida que acolhe o que é bonito

E o medo daquela dor ontem plantada

Da espera pra não ser agraciada

O gesto que não vem... é natimorto

Tal qual rebento que nem chega a ser zigoto

Do terror daquele estranho que há de vir

Atrás da névoa que circunda o existir

Daquela ponte na qual sentada ela está

Como se houvesse um tesouro a esperar

Bem como a noiva encontrada no altar

Mesmo que lá todo o contexto seja belo

Ou o desfrute seja tao pleno e tao singelo

Mas a figura ainda persiste no seu piso

Na sua mala, cheia de moldes já previstos

Naquele cheiro de casa sua... enraizada

E outro lado parece o mar em sua jornada

Relembra o mundo e aquelas dores tão conhecidas

Sufoca a vida, para evitar grandes partidas

E esquece os risos e as alegrias da novidade

E aquele frio e os arrepios que a alma invadem

Respira o hoje e mais esse passo que aqui se firma

Sentindo a vida em cada instante de sua lida...

Marii Andrade
Enviado por Marii Andrade em 23/04/2017
Reeditado em 23/04/2017
Código do texto: T5978744
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