Novos passos
Sentidos que se perdem no infinito
Da vida que acolhe o que é bonito
E o medo daquela dor ontem plantada
Da espera pra não ser agraciada
O gesto que não vem... é natimorto
Tal qual rebento que nem chega a ser zigoto
Do terror daquele estranho que há de vir
Atrás da névoa que circunda o existir
Daquela ponte na qual sentada ela está
Como se houvesse um tesouro a esperar
Bem como a noiva encontrada no altar
Mesmo que lá todo o contexto seja belo
Ou o desfrute seja tao pleno e tao singelo
Mas a figura ainda persiste no seu piso
Na sua mala, cheia de moldes já previstos
Naquele cheiro de casa sua... enraizada
E outro lado parece o mar em sua jornada
Relembra o mundo e aquelas dores tão conhecidas
Sufoca a vida, para evitar grandes partidas
E esquece os risos e as alegrias da novidade
E aquele frio e os arrepios que a alma invadem
Respira o hoje e mais esse passo que aqui se firma
Sentindo a vida em cada instante de sua lida...