INSÔNIA

Sepulcros gementes, dores pungentes,

Destinos disformes, sombras enormes.

Sem tanto prazer, começo a escrever

Versos, fantasias petrificadas

São meros resquícios, parcos indícios,

De erros passados, risos não dados,

Amores amados e tresloucados.

Ódios, poesias calamitosas.

Não tenho intenção, nem mesmo emoção,

De ir ao encontro, ainda que pronto,

Da morte matreira, à espreita na feira.

Vida, tão doída, porém querida.

Prossigo escrevendo, enquanto me rendo

Aos doces encantos de novos prantos.

Esqueço as tristezas, compro belezas.

Raios! Preciso contar carneirinhos.