Andando na chuva
Decidi não esperar a chuva parar
Sem medo da enxurrada, meu caminho quis recomeçar
A chuva insistente em continuar
Parecia meu coração querer esfriar
O medo que tinha da tempestade
Superei ainda com pouca idade
Em meu coração restava um pouco de humanidade
Pronto para ajudar algum moribundo que fora deixado pela sociedade
A capa que me cobria
Aquele ser sequer conhecia
Aliviando um pouco a agonia
Da chuva agora a capa o protegia.
Uma pessoa que na chuva caiu
Envergonhado me sorriu
Estendendo-lhe a mão
Ajudei a sair do chão
Do conforto de meu lar
Sai para as ruas poder andar
Aquela chuva a me molhar
Me ensinou também amar
Com o passar tempo
Até as lágrimas se secam ao vendo
Volto a buscar um amor atento
Porém isso vem apenas com o passar do tempo.