O fisgar.

Um lugar que você nunca esteve

O sentir que você sempre deteve

Uma pessoa entre tantas que passam na rua

Abre a porta da sua alma e a deixa nua.

A reciprocidade que tanto se almeja

O ontem e o hoje entregues de bandeja

A vontade de que certa se esteja

De que discutidas afinidades sejam mais do que do bolo a cereja.

A troca de palavras que te dá um sorriso bobo constante

O medo de não saber o que vai se encontrar adiante

A surpresa da realidade ser bem melhor do que se imaginava

Junto com a timidez que só o que parece valer à pena escava.

Aquela que sempre fala de repente emudece

Apagando tudo o que a hiperativa mente conhece

O acanhamento que nas maçãs do rosto é revelado

Faz guardar suas palavras e emoções com cadeado.

A união de lábios e olhares

O entrelaçar daqueles dedos suaves

Faz perceberes então que não há para quê pensar demais no futuro ou ter retraimento

Pois a intuição insiste para a entrega ao fisgar daquele momento.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 06/08/2017
Reeditado em 07/08/2017
Código do texto: T6075453
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.