Respostas
Porque sou assim
Que nem pedra que rola e desmancha
Que nem onça enjaulada e aflita
Quem nem linha que embola e faz trança
Que nem faca sem corte, reflita.
Porque sou assim
Que nem coisa certa às avessas
Que nem farinha de outros sacos
Sem rebeldia, sem pressa
Refém de amores, cacos
A ré confessa
Fui à terra doada
Manquei na pressa de andar
Em minha ilha isolada, amada
Não vim lhe agradar !
Sou o furo
A matéria
O escuro
A miséria
A jaula que abre
O bicho que foge
N'uma selva sem fim