O monstro em mim

''O monstro em mim

É enjaulado por barras fracas e frágeis

Inquieto de dia

E, de noite, cria confusão e se enfurece com as estrelas

Deus ajude o monstro em mim.''

(Johnny Cash - The Beast In Me)

Eu ando por um fio

Já estou por aqui

Não sei de onde venho

Nem porque vim

Mas sei que vou ficar até depois do fim

Se não fugir de mim

Essa selvageria

Que faz eu me arrepender toda vez que riem de mim

Continuo me regulando

Sempre falhando

Não estou me encontrando

Mas mesmo assim não fico me indagando

Com o que as pessoas ao meu redor estão pensando

A noite chega com mil olhos me vigiando

O peito arde com a besta despertando

Nada de bom pode estar me esperando

Além dessa escuridão que estou habitando

Só vejo vultos na penumbra dançando

Vozes fantasmagóricas murmúrios discursando

Preságios de um futuro sangrento pela minha mente vagando

Entre o céu e o inferno, o mal e o bem brindando

Numa linha tênue, anjos e demônios brincando

As garras da besta na minha consciência arranhando

Meu ego e a fúria como água e vinho se misturando

Quem eu era já não estou lembrando

O que vai acontecer já estou rimando

Raiva, ódio e dor

Sofrimento é o meu pudor

Mágoa, arrependimento e amargura

Nessa jornada de risos e choros eu sigo procurando a cura.

Jovem Patife
Enviado por Jovem Patife em 11/09/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6111258
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