Alegria de Viver

E no andar desses dias,

no castigo dos ponteiros,

nas surpresas das curvas

da estrada e dos riachos,

vejo-me no maior dos riscos:

aonde anda você,

minha Alegria de Viver?

Te busco nos sonhos da juventude,

que se escondem em cantos da memória

que se apaga ante as perdas diárias.

Recebo chibatadas,

mas não sei quem qual é a mão que me bate.

E quando a alguém ajudo,

sou criticado.

Sinto-me cercado por vermes mordedores.

Não quero mais nada!

Entrego-vos tudo!

Só quero de volta minha

simples,

singela,

calma e mansa

Alegria de Viver!