Uma Rosa, Duas Mulheres

Uma rosa, duas mulheres.

Duas ovelhas, um lobo sem fome.

Uma prece, vários deuses.

Um homem com fome de fronte para a morte,

Vários dias, poucos de sorte.

Uma rosa, duas mulheres.

Um sentimento preso e amordaçado,

Mas latente.

Tão latente que não somente consegue falar, expressar;

Mas também ainda vive!

Uma rosa, duas mulheres.

Um cavaleiro sem cavalo,

Um cavalo sem dono;

Um sonho em fragmentos, resquícios de ódio.

Uma rosa, duas mulheres.

Uma serpente entre nós;

Anjos e demônios habitando o mesmo recinto,

É assim que eu me sinto.

A morte tem seu fascínio, traz consigo duas adagas para ceifar um destino.

Duas mulheres, apenas uma rosa para ser ofertada.

Jardins de espinhos de cores acinzentadas.

Uma rosa, duas mulheres.

Um espelho e dois reflexos distintos;

Um animal em ascensão, um homem em declínio.