Alma de poeta
Toda vez que ouvir falar de mim,
toda vez que ler um verso meu,
lembre-se:Sou nada do que mostro,
sou tudo o que não escrevo.
Faço desta vida uma aventura
do conhecer.
escondo toda a minha face,
tetando me ver.
Ambígua?
Paradoxal?
Sim, sou tudo o que quiser que eu seja
mas,deixe-me viver!
Deixe que eu me desfaça e me refaça
sem te entristecer.
Deixe que eu esteja, sem me perceber!
Gosto de sentir,sem que pra isso,
eu tenha que explicar o por quê!
Deixe-me beijar você
sem pedir licença.
Sou audaz e muito, muito fugaz!
Dou gargalhadas sem motivos
amo sorrir do trivial,
dar bom dia a desconhecidos.
Levanto cedo cantando pro mundo,
mesmo com todos aqueles aborrecimentos costumeiros.
Tenho o sol como talismã.
Gosto do café doce,
não como nada de manhã.
Dias de sol me encantam,
que chego a cantar pro céu pra nada perder.
A vida me contagia,
em todo o amanhecer!
Quando a noite chega,
me recolho... me vem a mudez.
Sou felino atento,
anseio o dia como se matasse pra comer.
Por isso,se ouvir falar de mim,
ou ler os versos meus,
ouse!
Procure o que não disse,
o que não mostrei.
E para tanto,
simplifique
feche os olhos,
venha sentir o pulsar deste coração indomável,
que escreve sem razão,
querendo apenas, viver!