TROCANDO EM MIÚDOS
Há um rio atrás da casa
Uma cerca viva
Uma roseira quase morta
Meio torta
Mas que vez em quando ainda floresce
Há um varal vazio
Um canteiro de margaridas
E não há o som longínquo do moinho
Há a lembrança da criança
Da trança
Da esperança
Em outras palavras
O passado está intacto em algum lugar guardado