Caminho sem Vida

De luto a vida segue.

Pelo caminho só o que há são pedras,

Até parece que Drummond passou por ali.

Nem risos nem sorrisos,

A alegria foi-se embora,

Ou será que nunca esteve aqui?

Não se sabe. Mas a vida muda, tudo muda um dia ou outro.

Agora, quando o trem da mudança passou de novo,

Ela resolveu subir nele,

Ainda não há risos, mas está se acostumando a ser livre.

Nem algemas mais, nem xingos, nem dores em silêncio.

Está aprendendo a ser gente.

Talvez, amanhã haja risos e até gargalhadas.

Por hora, entendeu que merece ser feliz.

Marta Almeida: 28/10/2019