Passaste
Passaste uma cantiga acordado
Ninado e vivido o despertar raiado
Invadido de ar nas pressas e pressionado
Dormiu o sono depois de adoecido.
Como pudera conduzir-se atado?
Na pressa pelo verão obcecado?
Rido no paginar que o vento fez virado
Não ria do sonho a ti conduzido
E quando vês, não fez o procurado
Encontrado na tez de aborrecido
Quão esquecido o fez embasbacado?
Não acorda mais com som escarnecido.
Passaste uma cantiga com som não escutado
Paraste o sol como um ser esquecido
Como te vale a ritmica do sopro desmanchado?
Mendigado no sopro onde é padecido?