DOS TEMPOS, DOS SONHOS, DOS VAZIOS…

Falar dos tempos idos?

Contar como foram bonitos?

Falar dos sonhos?

Tolos sonhos

Contar do depois?

Momentos doloridos?

....

Contar dos vazios

Dos bancos, dos ventos,

dos sofrimentos?

Para que falar do que se foi?

Para que mexer em feridas?

Se sob as cascas ainda sangram

Purulentas feridas que nunca cicatrizam

Mas quando quietas já nem doem

Ficam ali, caladas

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 05/05/2020
Código do texto: T6937985
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