Nunca Digas

Nunca digas que desta água não beberás

A sede pode invadir-te e subverter teu pensamento

Silencia, é melhor, porque nunca é tempo demais

Assim como é impossível contar estrelas do firmamento

Sê prudente porque não se sabe o que vem à frente

A gangorra da vida é um sobe e desce incessante

O amanhã pode sofrer variáveis surpreendentes

Nem mesmo a gente é para sempre, somos passantes

Como seres mutantes, sem destino certo nem nexo

Somos folhas navegando nas corredeiras da vida

O que hoje julgamos ser seguro para atingirmos o sucesso

Pode um dia estar na fonte rejeitada e fria aguardando ser bebida.