EU...
 
 


Eu nasci ao mesmo tempo que o sol,
pousei nas flores feito as borboletas,
suguei o néctar que me foi possível
e embalei os sonhos com a espernça.
Adormeci à sombra das estrelas
e despertei com a luz da lua.
Cantei meus versos aos desamparados,
mas mergulhei no espaço azul da solidão...
Reguei as flores com as minhas lágrimas
e colori de azul a minha vida.
Brinquei de roda como as criancinhas
porém, cresci e não me achei ainda...
Aprendi cantar as minhas mágoas,
acariciei mãos que nunca vi,
cerrei os olhos, mergulhei nas lágrimas
dos sonhos bons, nos quais permaneci.
Não, eu não quis rimar meus versos,
nem pretendi sequer fazer poesia,
porém, pintei assim meu universo
e consegui um pouco de alegria.