Cemitério das almas perdidas (Meu Poema)
Esqueçam-me no cemitério das almas perdidas,
No oásis profundo de Jericó,
Numa sombra com preces sortidas,
Com melodias tocadas sem Dó.
Peçam-me desculpas diante de uma pintura,
Feitas pelo pintor chamado Vicente,
Regando os girassóis com a água mais pura,
Como aqueles arrepios que dão na gente.
Suportem minhas lamúrias estridentes,
Na madrugada dos lamentos ignorados,
Sob satélites girando, estrelas cadentes,
e uma sonata tocando ao meu lado.
Escrevam no meu túmulo abandonado,
No tal cemitério das almas perdidas,
Em um pedaço de madeira envernizado:
- Tentou ser poeta nessa maldita vida.