O RETRATO DA MINH'ALMA

Minh'alma é misteriosa como o arrebol

E clara como as límpidas nascentes

Seguindo o seu fluxo no caminho onde o sol

Brilha ainda mais forte com seus raios incandescentes.

Eu vivo em mim jornadas inteiras

De devaneios, sonhos, alegrias e glórias,

E de perspectivas visionárias e altaneiras

Quando eu posso admirar as minhas internas vitórias.

Eu sou o verde das árvores, outeiros e prados:

Cheio de reflexos de esperanças na liberdade

De pensar, criar, sorrir, amar, viver sem enfados...

Eu vivo para sentir o gosto de uma doce novidade.

Guardo em mim os hábitos simples e rústicos

Das vidas monásticas, das vidas silenciosas.

E possuo em mim a leveza das melodias e acústicos

Que simbolizam o despertar das manhãs mais saudosas.

Na minha'alma, há profundezas como no alto mar

E uma jovialidade como o canto das aves diurnas.

Mas também sou como um ancião no seu calmo peregrinar:

Às vezes, sem pressa para bem vivenciar as horas oportunas.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 26/07/2021
Reeditado em 26/08/2021
Código do texto: T7307500
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