Sentimentos de um dia
Eu sou noite solitária,
sem a luminosidade da lua,
sob o frio que congela no sereno,
mas que ainda respira e vive.
São dores fortes que carrego,
que me fazem pensar no existir,
cicatrizes expostas a quem não vê,
exigindo-me recolhimento em mim.
Queria eu olhar as flores,
me inebriar na chuva do inverno,
na aurora do dia que amanhece,
para resignificar meu existir.
Há, no entanto, um lampejo de vida,
que me faz reencontrar quem fui,
na doce lembrança do que é bom,
e na companhia dos que me fizeram feliz.