O corpo que sangra, sagra.

Dói de suor a dor, alivia o pesado, leve.

Toma-te um copo, corpo

          (releve)

mata-te a sede, d'água, 

que'scorre fluída, 

como viés invisível a olhares alheios, 

atônitos...

... mas no teu interno não se'spante, 

mostra-te o cheio prato, sem prantos, 

sacia-te a fome - de vida - 

e mostra-te alhures, envaidecido(a) - já que não és corpo vencido(a)

e porque também há finos olhares mornos, no entorno

- e não são antônimos -

que vêem, sentem,

          (veneram-te)

e de certa forma, transcendem...

(n'apologia dos sexos, o mundo 'contecido é vida tecido(a) num teatro de sonhos e de poesias) 

 

 

'Canto de Verônica' (Maria do Rosário)

https://www.youtube.com/watch?v=VvIc5J_qb4Y

 

'Oxalá' (Madredeus)

https://www.youtube.com/watch?v=CAajN8p8xnI

 

'O Paraíso' (Madredeus)

https://www.youtube.com/watch?v=L5JLDYZtTKk

 

 

'Prece' (Fernando Pessoa, na voz de Maria Bethania)

https://www.youtube.com/watch?v=ElXe3nsuHR0