Fígado
O prato vazio e a cheia da fome
Apesar das maos preencherem seu estomâgo
Não é demasiado o choro
Fluindo por tão pouco?
A voz tagarela na solitária da mente
Atrapalha os lábios quando lhes movo.
Limpa o freezer do fígado esmagado
A sangrar o dia todo.
O trabalho de recompor-se
Jogo aos pés passeando na calçada
Espuma, choro, rangendo a porta
Segura por um triz
Ah se não soubesse quem se é
E se surda fosse,
A voz que opina um tiro seria
Saindo pela culatra.
Basta a fala da única verdade exata.