Você é a primeira da sua espécie (a não ter cheiro de pesadelos)

Tu não és tão assustadora

Quanto as assombrações

Sempre à espreita nos cantos

Escuros de minha mente

A cauda que alisa minha pele

Não é tão áspera e ardente

Nem ao menos é vermelha como

Os demônios que rodeiam minha existência

Eles fazem cantigas de roda

Em torno da fogueira alimentada

Pela minha sanidade

Ela é tão suave e macia

Quanto cauda de raposa

Canta canções cortantes

Num cantarolar cativante

Minha prévia concepção

Tirava-me o sono

Minha presente concepção, todavia

Auxiliava o meu dormir

Cartazes de monstros

Desenhados e imaginados

São rasgados, queimados

Depredados e castigados

Dão lugar a fotografias

Existências sutilmente capturadas

De raposas gentis

Cor de anís

Cheias de bliss

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 30/05/2023
Código do texto: T7801166
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.