SE DIZ DO POETA

Ser poeta é ver no simples a grandeza e a magia,

É ver na asa de uma borboleta todas as cores de um dia,

Amar o Som do trem, ver janelas de possibilidades

No silêncio da natureza, o ressonar da paisagem.

No orvalho que tranquilo repousa sobre a relva

No pirilampo que rutilando se perde na escuridão

Que imitando as estrelas, clareia a escura selva.

Poetando, com o pequeno besouro na palma da mão.

Na ponta da caneta está o sentimento, o coração,

Poeta não tem jeito, derrama toda a euforia

Para descrever com minúcias, a beleza de um açafrão

E a cativante indiferença da vaidosa hortênsia.

Poeta não mede a distância entre o sonho e a realidade

Se atira de casaco e luva, sem medo de águas profundas.

Não tem quem o segure na tempestade ou na chuva.

Busca o vinho da poesia sem esmagar ou ferir as uvas.

Está sempre sorrindo, mesmo com o coração partido

É leve, suave e encantado, como aroma de jasmim.

Escreve mil poemas, e não tem nenhum repetido

Todos têm a magia e o encanto de um alecrim.

Poeta, mesmo juncando o chão de pétalas desfolhadas

Pisando com brandura, para não as ver esmagadas.

Junta essa seiva, que se torna tinta a esboçar os amores.

No pergaminho do coração, a rima dos compositores.

Quem canta as poesias, nem conhece as dores,

Que foram geradas de sofridos momentos

Como espinhos pontudos se fez a paleta de cores

Que estão estampadas nas telas dos eventos.

solange lisboa
Enviado por solange lisboa em 12/09/2023
Código do texto: T7884003
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