Em um pedaço de chão.
Mar de gente
Numa picada de espinho.
Anda, anda e faz da seca
Um caminho.
Nesse aberto que vira em
Branco e pedra,
De pé em pé.
Caboclo veste a chuva quando vem,
Quando não vem, veste-se da fé.
Qualidade de gente que traz
O peito virado em cisterna,
Gente que faz açude no coração.
Acima, nenhuma nuvem no céu,
Abaixo, mar das trincas é o chão.
De ponta a ponta,
De porta a porta.
Toda a gente caminha,
Anda, anda e anda...
Na distância uma janela aberta,
De perto uma porta fechada.
Anda prá morrer cansado,
Anda prá viver o passado,
Anda e joga tudo pra frente...
-- E Depois?
-- Depois a gente dá um jeito. Vem amor, vem prá rede mais eu!