Em um pedaço de chão.

Mar de gente

Numa picada de espinho.

Anda, anda e faz da seca

Um caminho.

Nesse aberto que vira em

Branco e pedra,

De pé em pé.

Caboclo veste a chuva quando vem,

Quando não vem, veste-se da fé.

Qualidade de gente que traz

O peito virado em cisterna,

Gente que faz açude no coração.

Acima, nenhuma nuvem no céu,

Abaixo, mar das trincas é o chão.

De ponta a ponta,

De porta a porta.

Toda a gente caminha,

Anda, anda e anda...

Na distância uma janela aberta,

De perto uma porta fechada.

Anda prá morrer cansado,

Anda prá viver o passado,

Anda e joga tudo pra frente...

-- E Depois?

-- Depois a gente dá um jeito. Vem amor, vem prá rede mais eu!

Fabiano Stopassolli
Enviado por Fabiano Stopassolli em 20/02/2024
Reeditado em 08/03/2024
Código do texto: T8002825
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