Chocolate Amargo
Um perfume bem triste a vagar
Um velhinho, suas rugas e histórias
Não fume, estude, vá devagar
Vagando só, entre o vão das memórias
Um relógio ilógico e louco
E sua engrenagens mecânicas
Que nos tornam engrenagens em pouco
Desta força quase morta, inorgânica
É realmente uma pena
Que não tenham pena
Já nascemos sentenciados a uma pena
Que nos impõem
Só pra dizer que no fim valeu a pena
Apenas, há penas penando por aí
Como almas penadas sem ter por onde ir
Se não tenho pra onde ir fico
Ou me movo ao nada?
Sento no chão e espero uma resposta
Enquanto como este chocolate amargo