Meu sertão,meu mundão.

Prefiro ouvir o cri cri cri,

Do que o trá trá tra da cidade grande.

A paz do som do riacho,

Do que a agitação angustiante.

Deixe-me deitado em minha rede,

Que o balançar me adormece.

Aqui tem quermesse,onde todos se agradecem.

Vou ali tocar o meu violão,e enamorar o coração.

Não preciso e nem me encaixo,nestas festas de luxo com padrão.

Ando descalço ou com minhas alpercatas,sinto o calor do chão.

Neste mundo que vocês criaram,vocês nem dão aperto de mão.

Ouço o canto dos pássaros,harmonia da natureza.

O que acontece com seu espaço,ouço choro de tristeza?

Pois bem,vou ficar aqui,apagando o meu lampião.

Se quiserem vir pra cá,não se avexem não.

Mas eu acho muito difícil,largarem essa ambição.

Espero que um dia vejam,que para terem tudo,não precisam da destruição.

Autora:Fátima Aparecida Belarmino do Vale.

Fátima do Vale
Enviado por Fátima do Vale em 06/08/2016
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