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Às vezes eu queria colocar minha cabeça em um buraco

Ficar escondido sem ser chato

Ficar lá sem ser incomodado

Ficar até me tornar passado

Fingir que simplesmente não existo

Como se houvesse um enorme abismo

Entre meus desejos e a realidade

Queria um lugar repleto de felicidade

Onde seria proibido maldade

Seria meu próprio mundo

Algumas vezes sinto vergonha do que sou

Do que falo

Ou o que passou

Mas sei lá, não posso reclamar de nada

Vida tranquila

Com meus pecados

De manhã não sei pensar

E a noite é tudo o que me resta

Mas tudo bem

São as pequenas coisas que interessam

Penso, penso e não chego a nenhuma conclusão.

Apenas de que vivo uma vida vazia

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 10/01/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5877956
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