Caso não saibas
talvez não saibas
como separo a distancia do tempo.
nem da profundidade
que me abraça
ao me atirar no cânion do beneplácito
sem enxovalhar um juramento
talvez por isso dói aqui
a conformação
e teu quase apagão pro silencio
fio o dia entremeando buscas
com conquistas, segregando o mar
de qualquer cais que venha me pausar.
rasgo noites para sorver-lhes entranhas
resgatando ideias para gladiar com sombras
de úteros cheios de mim.
qualquer hora a espada me libertará
entregando-me inteira à luz da promessa
esticada como forte teia paleozoica
no interstício que separa
a sede da fonte
a pele do calor
a fome do alimento
o pavio da chama
que deste e d'outro lado
desejam fragmentar divisas
traçadas pela vida.