DESEJOS NOTURNOS
Abri a janela no quarto do primeiro andar:
Roupas no varal, pingos de chuva no alecrim.
É, alí a paisagem era bem simplória, singular!
Estrelas, pé de carambola e um vento frio.
Sombras da noite, e mais nada a se destacar.
Tudo tão sem extravagância, sem fantasia,
Um grilo meio estridente, insistia em cantar.
E sobre a beleza, arte natural que ali havia,
Tudo sintonizava com meu estado de poesia:
Imaginar o amor em meu colo, noite e dia...
O amor com quem sonhava mas não conhecia