"Metalinguagem da Poesia"

"Metalinguagem da Poesia"

Não se leem versos

Nem se rezam terços

Textos de cunhos diversos

São para muitos um peso

Não se encontra na estrofe um espelho, reflexão

Poesia por poesia

Quase todos dizem não

Não se leem versos

Nem tampouco são compreendidos

Pode ter ritmo, mensagem e rima

Mas se opta por tudo que anima

Festas de domingo sem o compromisso do pensar

Fazer versos soa como desafio

Escolher palavras, construí-las fio a fio

E tentar mostrar o óbvio quase redundante

Coisa para aventureiro, menestrel ou infante

Operário das palavras soltas

Destinadas às leituras tortas

Arte milenar quase morta

Que não rompe os muros da cidade

Não atingem tenra idade

E morrem empoeiradas num canto qualquer da sala de estar

Versos não são palavras ao vento

Drão, Esotérico, Coração Vagabundo ou Oração ao Tempo

Letras imortais que quase ninguém conhece

É como se a reflexão, delírio e paixão

Fosse coisa que padece

Ao rufar dos tambores dum pagode esquisito

De um funk "pancada" maldito

Que rouba a cena do verso

E sendo apenas um artista do adverso

Sem nenhuma pretensão literária

Cria-se uma linha imaginária

De palavras-retrato que imprimem a cena

Desenhada no papel com carvão, caneta ou à pena

Emergindo uma pitada de arte

Que não ecoa na Terra, nem Vênus ou Marte

Que nem sequer gira em torno do Sol

Gira sozinha, quase calada em torno de si

Mesmo que seja endereçada a ti

Ou aos teus...

Mal saem dos sonhos meus e transcendem o papel

Mas afirmo, arrisque poesia e conheça o céu

Experimente voar com as asas da poesia

Experimente uma vida menos fria

E goze ao prazer de palavras

Experimente voar com as asas da poesia

Abandone a cabeça baixa e se renda à alegria

E goze decifrando mil versos

Não se preocupem com o que o purista ensina

Poema nem sequer tem de ter rima

Precisa apenas penetrar

Na alma dura impenetrável calejada pela vida cotidiana

Que passa o dia esperando uma cama

Para ao menos descansar

Enfim, dê uma chance à poesia

Ela pode ser a sua alforria

E deste mundo sem cor libertar

Rodrigo Augusto Fiedler

Não se leem versos

Nem se rezam terços

Textos de cunhos diversos

São para muitos um peso

Não se encontra na estrofe um espelho, reflexão

Poesia por poesia

Quase todos dizem não

Não se leem versos

Nem tampouco são compreendidos

Pode ter ritmo, mensagem e rima

Mas se opta por tudo que anima

Festas de domingo sem o compromisso do pensar

Fazer versos soa como desafio

Escolher palavras, construí-las fio a fio

E tentar mostrar o óbvio quase redundante

Coisa para aventureiro, menestrel ou infante

Operário das palavras soltas

Destinadas às leituras tortas

Arte milenar quase morta

Que não rompe os muros da cidade

Não atingem tenra idade

E morrem empoeiradas num canto qualquer da sala de estar

Versos não são palavras ao vento

Drão, Esotérico, Coração Vagabundo ou Oração ao Tempo

Letras imortais que quase ninguém conhece

É como se a reflexão, delírio e paixão

Fosse coisa que padece

Ao rufar dos tambores dum pagode esquisito

De um funk "pancada" maldito

Que rouba a cena do verso

E sendo apenas um artista do adverso

Sem nenhuma pretensão literária

Cria-se uma linha imaginária

De palavras-retrato que imprimem a cena

Desenhada no papel com carvão, caneta ou à pena

Emergindo uma pitada de arte

Que não ecoa na Terra, nem Vênus ou Marte

Que nem sequer gira em torno do Sol

Gira sozinha, quase calada em torno de si

Mesmo que seja endereçada a ti

Ou aos teus...

Mal saem dos sonhos meus e transcendem o papel

Mas afirmo, arrisque poesia e conheça o céu

Experimente voar com as asas da poesia

Experimente uma vida menos fria

E goze ao prazer de palavras

Experimente voar com as asas da poesia

Abandone a cabeça baixa e se renda à alegria

E goze decifrando mil versos

Não se preocupem com o que o purista ensina

Poema nem sequer tem de ter rima

Precisa apenas penetrar

Na alma dura impenetrável calejada pela vida cotidiana

Que passa o dia esperando uma cama

Para ao menos descansar

Enfim, dê uma chance à poesia

Ela pode ser a sua alforria

E deste mundo sem cor libertar

Rodrigo Augusto Fiedler

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 09/03/2019
Código do texto: T6593412
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