Que não

Que não nos esqueçamos

Que não somos máquinas

E nos fazemos de lutas

Mas também de sentimentos.

Que neste momento

De fatos robotizados

Entre telas e pouco descanso

Existe um pouco de gente

Entre obrigações emergentes.

Que não se perca

O afeto de saber sobre felicidade

Mesmo que seja em dias tristes

Porque a tristeza é contrária

E também reafirma a alegria

Nos fazendo valorizar

Aquilo que é do dia a dia

Mas por hora foi esquecido.

Que não seja por último

A vontade de dizer o que se sente

Ou mesmo o suspiro latente

Daquilo que se sente

Por alguém que faz parte

Da nossa trajetória de vida.

Se a poesia é lição e arte

Está nela a capacidade

De não perder ou esquecer

Que somos também feitos

Do resistente amor

Em dias tão perversos!