Não sou ninguém

Diante a imensidão do universo

Quem sou eu diante o meu verso

Um mero seguidor de todo falso clero

Deus, escute bem enquanto rezo

As vezes me sinto um grão de areia na tempestade

Verdade, acho que não sou alguém que deva ser levado a sério

Não nego, quantas vezes por medo já fugi dessa realidade?

Maldade, é apenas uma pequena demonstração da humanidade e se eles são assim eu sou vitima dessa calamidade

Diante a tudo sou apenas o olho que tudo vê

Que observa aos prantos todo esse procedê

Sou covarde, não nego pois se nem o gigante acorda eu não sou ninguém

Eu apenas observo se essa revolta ainda palpita no peito de alguém

Quem vai levantar na queda da ultima árvore?

Quem vai matar a sede depois que secar os rios?

Quem vai? Salvar a humanidade de nós mesmos.

Diante a todo esse mal eu não sou ninguém.

Talvez eu seja louco, hipócrita e mais um pouco

Pois enquanto grito eu ascendo um fogo

O mesmo que queimou a mata o museu e mais um pouco

Na esperança desse verso ecoar um pouco

Ou que no céu chova de mansinho pra ver se aquele broto cresce mais um pouco

Quando o ultimo sopro for interrompido por uma corda

Quando os poetas pararem de escrever prosas

Quem vai gritar para a humanidade por ajuda

Se os humanos causam tanto medo, eu recordo bem das historias do navio negreiro

Talvez eu seja meio biruta

Escrever cartas pra essa gente estúpida

Que se divide em qualquer possibilidade mútua

É que nos gritos vagos exaltavam que a união faz a força

Quando eu publicar essa linha serei taxado de louco

Por acreditar que o próximo vai se dar ao troco

Eu preciso passar essa mensagem pra alguém

Pois diante a toda furia da humanidade

Eu não sou ninguém

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 28/03/2024
Reeditado em 28/03/2024
Código do texto: T8029723
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