Transparências

Transparências

Há transparências que me desamarram

Desentrelaça meu corpo

Me castigando de modo inteiro

Me desmolda, (desacostumando) aplaudindo meus soldos,

Intensificando meus sonhos,

Se revigoram,

Agrada meu ego, por certo,

Numa desesperança - ousadia de buscar o menor de per si.

Há transparências que me desinteressam do sonho (deveras, é fato)

Enaltece - ausência,

Me expira, me falece, me odeia, me desnutri,

Me deixam desacreditar que o passado foi desgracioso (deveras, é crença),

Mas me acolhem

(Sem contar os dedos das mãos, ou não)

E me revive sem eu viver.

Eu morro, conheço, descanso,

Alvoroçada e agitada, com prazer,

Alienada e impulsiva, maldita...

Buscando desencontrar os ' por ques',

Mas tenho e vejo os ' porquês'

Desses estúpidos -prudentes, transparências...

Uma Mulher Vestida de Sol e Antônio Jardel
Enviado por Uma Mulher Vestida De Sol em 10/04/2024
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