Da janela na madrugada

Ela volta pra casa

No silêncio notívago

E encara a ladeira íngrime

Depois de um dia exaustivo

A ave repete o seu canto

No mesmo ritmo e tom

Das janelas apagadas

Se vê a rua e não se ouve seu som

Os carros buscam seus destinos

Na via expressa vazia

Cortam o silêncio imperante

Dentro da noite tranquila

No quarto deitado na cama

O homem pensa em seus problemas

Encara seus próprios demônios

Enfrenta internos dilemas

O relógio segue sua marcha

Frio, sem se envolver

Mais um dia ganha forma

Novas questões a resolver