a cruz do beco

Sou minguando de espanto

Vivo em opulento de roto

Evaporando dos tiros tantos

Em torno do emigrado povo

Pueris recorrem às armas

No decorrer das caladas

Borrifam de bandos e fardas

Permutando em sumidouros de senzalas

Trono de grossa frouxidão

Que defeca no surto colérico

O colono finado de multidão

A cada exeterminio bélico

Viril nepotismo de anistia

Da porção irregular de realeza

Débil guerrilha de maresia

Por a cruz nos becos é a certeza

Cristiano Rezende

cristiano rezende
Enviado por cristiano rezende em 16/06/2008
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