% Visões espaciais %
Numa bela noite de verão, sentada sob o céu, vejo as luzes além do véu.
Sentada sob estrelas, diante de uma lua,
Sinto minha alma ficar nua...
Não sei como explicar essa sensação sem fundamentos
Eu nem sei explicar o que acontece em meus sentimentos...
Mas posso sentir, mil olhos sobre mim...
Todos á observar meus sonhos e pensamentos.
Eu não sei como explicar
Essa onda sobre o mar,
Meu mar de emoções...
Eu posso sentir a inteligência invadir esse plano espacial,
Eu posso até ver uma força maior,
Maior do que o bem, maior do que o mal.
Posso ver o brilho de mil olhos,
O bater de mil corações
Um fervilhar de emoções...
Posso ver os abduzidos
Rumando para um mundo
Um plano desconhecido.
Sinto mãos me erguerem do chão,
Taparem meus olhos e meus ouvidos,
Consigo até me lembrar do que eu havia esquecido.
Não é assim tão mal,
Até que eu gostei,
Desse plano espacial.
Olhando aqui de cima, vejo de boca aberta
A humanidade se mover.
É uma visão dura de encarar,
Tanta fome, violência, guerra, falsidade...
Jovens e crianças,
Todos a morrer.
Vejo os homens de poder se afogarem no dinheiro
Trabalhando em seus planos,
Que só aumentam o desespero.
Vejo os pobres passando fome,
Vivendo em bocadas que não são dignas do homem.
Vejo os jovens perdidos para as drogas,
Para o mal, para o crime, para a decadência...
Vejo essa situação e fico me perguntando:
Que crime cometemos para recebermos essa sentença?
Posso ver o sol nascendo no horizonte
Os olhos se escondem
Do outro lado da ponte.
Mãos me empurram para baixo, mas eu não quero voltar
Não para esse mundo fadado a fracassar.
Olhando para os olhos ao meu lado, eu peso com cuidado,
Para ser atendida:
Ô, ô, ô seu moço do disco voador
Me leve com você, prá onde você for
Ô, ô, ô seu moço mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí.