% Visões espaciais %

Numa bela noite de verão, sentada sob o céu, vejo as luzes além do véu.

Sentada sob estrelas, diante de uma lua,

Sinto minha alma ficar nua...

Não sei como explicar essa sensação sem fundamentos

Eu nem sei explicar o que acontece em meus sentimentos...

Mas posso sentir, mil olhos sobre mim...

Todos á observar meus sonhos e pensamentos.

Eu não sei como explicar

Essa onda sobre o mar,

Meu mar de emoções...

Eu posso sentir a inteligência invadir esse plano espacial,

Eu posso até ver uma força maior,

Maior do que o bem, maior do que o mal.

Posso ver o brilho de mil olhos,

O bater de mil corações

Um fervilhar de emoções...

Posso ver os abduzidos

Rumando para um mundo

Um plano desconhecido.

Sinto mãos me erguerem do chão,

Taparem meus olhos e meus ouvidos,

Consigo até me lembrar do que eu havia esquecido.

Não é assim tão mal,

Até que eu gostei,

Desse plano espacial.

Olhando aqui de cima, vejo de boca aberta

A humanidade se mover.

É uma visão dura de encarar,

Tanta fome, violência, guerra, falsidade...

Jovens e crianças,

Todos a morrer.

Vejo os homens de poder se afogarem no dinheiro

Trabalhando em seus planos,

Que só aumentam o desespero.

Vejo os pobres passando fome,

Vivendo em bocadas que não são dignas do homem.

Vejo os jovens perdidos para as drogas,

Para o mal, para o crime, para a decadência...

Vejo essa situação e fico me perguntando:

Que crime cometemos para recebermos essa sentença?

Posso ver o sol nascendo no horizonte

Os olhos se escondem

Do outro lado da ponte.

Mãos me empurram para baixo, mas eu não quero voltar

Não para esse mundo fadado a fracassar.

Olhando para os olhos ao meu lado, eu peso com cuidado,

Para ser atendida:

Ô, ô, ô seu moço do disco voador

Me leve com você, prá onde você for

Ô, ô, ô seu moço mas não me deixe aqui

Enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 24/07/2008
Reeditado em 28/07/2008
Código do texto: T1096202