A Vida Pulsa

Moro no mesmo lugar

Há mais de dez anos

E todos os dias vejo

Ouço, Sinto, Respiro

Todas as manhã

Os mesmos movimentos.

Não há mais árvores

Não há mais sombras

Tampouco água corrente.

Só o canto mavioso

Das aves diurnas

Ecoa de alegria

Pelo nascer do dia.

Comemoram a chegada

Do sol que vivifica

No entanto, eu não via

Nem mesmo percebia

Que a vida mágica e frágil

Em se mostrar insistia.

Com o passar do tempo

Do alto da soberbia

Através de um olhar

A vida passando eu via

Sem que nada daquilo

Me fizesse ter alegria...

(Salvador/Ba, 26 de outubro de 2004)

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 27/08/2008
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