Caos

Caos

O sol desponta na manhã cinzenta

E as pessoas acordam de suas prisões diárias

Estão nervosas e estressadas para não perder

Os horários do ônibus lotado esquecem de abrir

A janela e deixar o sol adentrar

Não percebem a rosa que acabara de desabrochar

Não sentem o cheiro não percebem a vida ao seu redor

Lavam o corpo mais não lavam a alma

Correm demais o tempo é inimigo

Vê a vida passar pela janela

É um acidente na estrada

É um corpo no chão

É o motorista irritado

É O cobrador estressado

É o sinal fechado

É o motorista que buzina ao lado

Mais a frente uma blitz policial

Mais adiante um mendigo pedindo esmolas

Outros tentando roubar suas sacolas

Outros cheirando cola

Outros na sacola do carro branco

Ufa! Chego ao trabalho

Visto minha bata manchada de sangue

Do serviço passado

Olho pro corredor

E tem uns com ossos quebrados

Outros no corredor deitados

Um velho com derrame

No chão derramado

Uma criança desfalecida

Uma mãe desesperada

Pedindo ajudar para salvar

Aquilo que é sua vida

Neurose total

Psicose governamental

Marketing eleitoral

Estampada na TV e no jornal

Somos o ócio de uma má

Administração governamental.

poeta plebe
Enviado por poeta plebe em 03/09/2008
Código do texto: T1160225