Dias melhores virão
 
 
 
De olhos marejados e de alma débil
Mais uma vez atento-me ao céu azulado
Em busca de ti que se diz ser o Pai de todos
Para que as minhas súplicas sejam atendidas
 
Dobro diante de ti os meus joelhos
Já calejados, para mais uma prece,
Em busca dos teus divinos conselhos
Digo-te: estamos enfraquecidos,
Porém, esperançosos de um breve milagre e
 
É por isso que te pergunto: - Por que esqueceste de nós
Nestes caminhos sem fim de pedras afiadas
E de solos áridos, de ares escaldantes e,
Isento de bosques e de água cristalina?
 
- Por que nos entregaste à nossa própria sorte?
Onde a fome, e a sede nos definham, até que:
Tal qual galhos secos morramos lentamente?
És ou não és o Pai de todos deste Mundo
Olhas ou não olhas por todos os teus filhos?
 
Então, porque estamos aqui esquecidos
Neste fim de mundo, sofrendo e morrendo um a um?
O que fizemos de tão grave meu Deus,
Para merecer tamanho castigo?
 
Por favor, meu Pai do céu
Interceda junto aos teus mensageiros
Peça-lhes que olhem por nós
Que venham à nós, e prometa-me que:
Dias melhores virão para a minha gente...