Negritude

E desta negritude

Tolhi minhas atitudes

Entendi..., esta pele escura

Não é nenhuma doença sem cura

Lábios grossos, sentimentos expostos

Gerações de sangue...

Ontem e hoje, o chicote ainda tange

Liberdade, a corrente range

A não ser que o negro torne-se em branco

Gerações regadas pelo pranto

Por meus avós, por meus pais e por mim

Esta luta não tem fim...

Por tantos navios negreiros

Pelo sexo promíscuo das negrinhas

Que representa 99% nos puteiros

Vive-se um racismo de entrelinhas

Helcio Gonçalves
Enviado por Helcio Gonçalves em 10/03/2006
Código do texto: T121524