EDUCAÇÃO, SAÚDE E TRABALHO
Há uma unanimidade na formação
De que os cursos intelectualizados estão.
A professora fala dos elementos que pinçou
Para demonstrar como a saúde ficou.
Elegantemente passou a discorrer sobre os movimentos
Que a partir de 70 serviram de instrumentos
Para a saúde do trabalhador defender,
Buscou-se ensiná-lo a se precaver.
Com a idéia do “capital humano”,
Dentro da lógica do capital insano
Os recursos humanos apareceram
E os trabalhadores socorreram.
Já nos anos 80 procurou-se
Integrar a ação docente, interviu-se,
Nas políticas de saúde pública, pensou-se,
Este movimento implica, discutiu-se.
A automação na transmissão
Do conhecimento ao aluno passivo
Da lugar ao discente sugestivo
Que constrói sua formação.
As comissões visaram definir
Sob qual funcionário deveria porvir,
Hoje, na área da saúde tem-se a direção,
Fornecida por documentos e sua determinação.
A idéia de diretriz visa flexibilizar
E da ampla liberdade para se formar,
Profissionais bem formados, contextualizados,
Porém, no contrário também podem ser transformados.
Ainda aqui se falou
Das competências que não se realizou
Para os alunos enfrentarem o trabalho,
Serem boas cartas no baralho.
O problema é que temos
Educação superior privatizada
Se a carga horária é aumentada
Se encarece a formação da “garotada”.
As diretrizes curriculares
Atingem todos os lares
Pois, se empobrece a saúde
E a educação é amiúde.