Sozinhos na multidaõ

Em um doce abandono de uma noite escura
Os sons são poucos e quase nada se escuta.
Já não se ouve o trafegar dos carros
Nem pessoas que loucas navegam
Por um mar inexistente.
Mas... em algum lugar...
Existe uma festa
Com criaturas brilhantes e sorrisos fabricados
Que usam máscaras coloridas
Que sussurram frases sem sentido
Falando do melhor amigo.
São fantasmas em uma sociedade
Que vagam noite após noite
Por uma estrada solitária.
São peças de um quebra cabeça
Mal colocadas, esperando que amanheça.
São caras até engraçadas
Umas suaves, outras borradas.
Com gargalhar borbulhante
De um champanhe espumante.
Bolhas soltas ao acaso.
Figuras estonteantes
Vestidas com fortes cores
Que carregam suas dores
Escondidas em um fundo espaço.
Seres que sofrem e choram
Que tateiam no escuro de um instante.
Procuram, são seres errantes
Um pouco de solidariedade.
Mãos que se tocam em cumprimentos
Sorrisos colocados, verdades escondidas
São momentos de uma vida
Onde estão longe de outras vidas.
Em uma festa tão grande
Todos estão solitários.
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 13/12/2008
Reeditado em 14/12/2008
Código do texto: T1332669
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